Para os fãs do automobilismo, maio é o grande mês das provas tradicionais. Enquanto na Fórmula 1 temos a tradicional corrida de Mônaco, nos Estados Unidos temos a mais tradicional de todas as corridas de Fórmula – a Indianápolis Indy 500.

Disputada no último domingo de maio, a Indianápolis 500 começa a ser disputada na metade do mês, quando os novatos da IRL (que já foi Indy e já foi Cart) chegam à Indianápolis e realizam testes, treinos e recebem as orientações sobre a prova que teve sua primeira edição em 1911.

Em 2010, na 94a. edição da corrida, são 40 carros inscritos e esses carros disputarão uma das 33 posições no grid de largada. Diferente do que estamos acostumados no automobilismo, o grid de largada em Indianápolis é definido de uma forma particular. No Pole Day (que em 2010 será disputado no dia 22 de maio) são definidas as 11 primeiras posições do Grid. No dia seguinte, normalmente é disputado o Bump Day e as posições de 12 – 22 no grid são definidas, independentemente dos tempos obtidos pelos pilotos no treino anterior e finalmente no terceiro dia de treino são definidas as últimas posições do grid.

Na sexta-feira anterior à corrida, acontece o Carb Day (carburetion day), quando os 33 pilotos do grid têm a última possibilidade de acertar os carros para essa prova de 805 km (500 milhas), sem a preocupação de ajustes mecânicos para atingir as mais altas velocidades de treino e assim conseguir os melhores ajustes para que seus carros suportem as quase 4 horas de prova.

Brasileiros na Indy 500

Impossível não começar a falar dos brasileiros sem citar Emerson Fittipaldi, que retornou de uma breve aposentadoria das pistas, assumindo o cockpit de um Fórmula Indy, até então completamente desconhecido no Brasil e em 1989 pela primeira vez a bandeira verde e amarelo subiu ao ponto mais alto do pódio, feito repetido em 1993.

Um ano antes, foi a vez de outro campeão de Fórmula 1 tentar a sorte em Indianápolis, porém sem muita sorte. Durante os treinos, o Menardi pilotado por Nelson Piquet se encontrou com o muro da lendária pista.  Nesse acidente, Piquet teve graves lesões nos membros inferiores e por muito tempo não voltou às pistas.

E eis que chega o século XXI e uma nova geração de pilotos brasileiros invadem os Estados Unidos e capitaneados por Helio Castro Neves trazem mais 4 troféus para o Brasil. Em 2001 e 2002, Helio vence as provas e recebe o apelido de “Homem Aranha” pelo hábito de comemorar as vitórias subindo no alambrado da pista. No ano seguinte, Gil deFerran vence e a prova em seu ano de despedida das pistas.  Até que em 2009, Castro Neves vence a prova mais uma vez e coloca o Brasil como principal vencedor da prova no século XXI.

As Tradições de Indianápolis

A prova é tão disputada que existem várias peculiaridades. Todo Rookie (novato) pilota com uma indicação na traseira de seu carro, indicando que o piloto está estreando na prova. Nas 93 edições anteriores, apenas 8 rookies venceram a prova – Hélio Castro Neves foi o último a conquistar essa façanha.

Além do milhão de dólares da premiação ao vencedor, existem prêmios para cada uma das voltas, oferecidos por patrocinadores.

O vencedor da prova, não estoura uma garrafa de champagne e sim bebe um gole de leite, em uma homenagem à principal fonte de renda do estado de Indiana.